domingo, 5 de setembro de 2010

Domingueira Poética - 5 de setembro


Domingueira Poética
5 / setembro / 2010
 
 
A Domingueira deste fim de semana lhes traz dois belos presentes:
 
No anexo, o poema "Procura-se Amigo", do Vinícius de Moraes, que me foi remetido pela amiga Joanna, de Itajaí - SC. Mesmo para quem conhece, valerá a pena ver / ouvir de novo. Além dos versos do Vinícius, o anexo traz inesquecíveis imagens do Poetinha, tendo como fundo musical o Baden Powell tocando ao violão uma música composta pelos dois. Imperdível!
 
Abaixo, dois poemas da Arquiteta e Urbanista Vanessa Bello Figueiredo, participante do nosso Movimento de Preservação Ferroviária, ex-Subprefeita de Paranapiacaba e Parque Andreense - Santo André - SP, onde realizou até 2008 um magnífico e exemplar trabalho de restauração / requalificação e educação patrimonial, culminando com o processo de candidatura da Vila Ferroviária de Paranapiacaba ao reconhecimento, pela Unesco, como Patrimônio da Humanidade (infelizmente, a nova Administração Municipal de Santo André não deu continuidade ao processo).
 
A amiga Vanessa está agora fazendo seu doutorado na UNICAMP, morando em Campinas. Mesmo com dois filhos pequenos ela reserva tempo para a poesia. Aí vão, pois, dois poemas dela selecionados para publicação na antologia "Primaversos", edição 2010, que será lançada brevemente pela Camara Brasileira de Jovens Escritores - CBJE (o primeiro poema foi escrito pela Vanessa quando do nascimento do Vital, primeiro filho dela, em 2007):
 
L U Z I R
 
No silêncio do teu ventre me fiz gente,
Corpo, alma e mente.
Esperado luzir de lágrimas
Batendo, convido-me ao tempo.
 
Vida!
Há espaço agora para a caminhada... 
 
 
D E C Ê N C I A
 
Tu roubaste a minha cena
Embora, ao meu lado não passaste de coadjuvante.
Cortaste meu queijo com minha própria faca,
Mas não me importa, tu és fraca.
Assaltas minha sinceridade,
Assassinas minha generosidade,
Veste-te com minha aparência.
Mas não me importa a tua decência,
Importa-me a tua consciência.
 
Roubaste, áspide, a minha cena
Porque não tens a tua.
Não tens nada,
Só a porta da rua.
 
x=x=x
 
Um domingo bastante poético para Vocês.
Abraços / beijos,
 
Victor
 
 
 


 









 

 








--
Delayne Brasil

www.grupopoesiasimplesmente.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário